O Ministério dos Povos Indígenas gastou cerca de R$ 11 milhões em passagens aéreas e hospedagens para não servidores desde o início da gestão de Sônia Guajajara.
De janeiro de 2023 até maio, o ministério desembolsou R$ 6,9 milhões apenas com o pagamento de diárias, com uma média de R$ 3,6 mil por viagem. Em relação às passagens aéreas, foram adquiridos 2 mil trechos, totalizando R$ 4 milhões, com um custo médio de R$ 1,8 mil por trecho.
O ativista Hony Sobrinho, amigo da ministra Sônia Guajajara, foi a pessoa que mais viajou pela pasta, com 23 viagens custeadas pelo ministério no período. As viagens de Hony Sobrinho estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), atualmente em fase de diligência sob a supervisão do ministro Jhonatan de Jesus. Durante reuniões e encontros promovidos por Sônia Guajajara, Hony Sobrinho é apresentado como assessor especial da ministra.
NATUREZA DOS GASTOS
O pagamento de diárias e passagens a colaboradores eventuais, como Hony Sobrinho, não é proibido. Esses colaboradores são prestadores de serviços à União, sem vínculo empregatício com o Serviço Público Federal, e participam de atividades como cursos, palestras e seminários.
Os dados, que consideram os gastos até maio deste ano, foram obtidos pelo jornalista Wilson Lima, do portal O Antagonista através do Portal da Transparência.